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Ideias e Ideais

... Sou das Ilhas de Bruma onde as gaivotas vêm beijar a terra...

Ideias e Ideais

... Sou das Ilhas de Bruma onde as gaivotas vêm beijar a terra...

Bem-vindo(a)

Hoje tudo o que eu queria
era a tua visita.
Não sei porquê mas fazia-me bem
que me deixasses uma mensagem.
Se não gostares do
meu cantinho diz.
Podes ficar descansado(a)
que não vou ralhar contigo.
Para quem não sabe
e me visita pela primeira vez
este é um espaço de
um Açoriano da ilha Terceira.
Aqui vou falando
da minha terra
e das minhas ideias e ideais
.Obrigado por me visitares

Mãe

28.11.13, ilhas

Este poema, muitas vezes adiado,

Outras tantas, por mim, pensado

Será um grito de gratidão

Um reflexo que alma espelha

Que mantem acesa centelha

De mais um dia d`inspiração

 

Este poema não o irás ler

Nas tuas mãos nunca o irás ter,

E não é por minha vontade,

Tanto que gostaria de te dizer

Nos teus braços me aquecer

E matar esta grande saudade

 

Ouço músicas daquelas banais

Falam de saudades às minhas iguais

Fazem-me, por completo, entristecer

Ai saudade! Nó na garganta sinto,

Olha, que para ti, eu não minto

Em mim ter-te-ei até morrer

 

A tua campa está tão gelada,

Ainda de símbolos desnudada,

Lúgubre lugar que me vai receber

É como um relicário sagrado

Pelo bom Deus bem guardado

Onde, contigo, vou adormecer

 

Hoje não me apetecia nada

Andar com rima pra ai usada

Do género que faz lacrimejar

Mas quer queira, quer não

Soltei amarras a este coração

Só para aqui te homenagear

 

Foste e sempre serás para mim

Um princípio que não tem fim

És a minha princesa também

És sangue que nas veias corre

És um nome que nunca morre

És, foste, serás sempre MÃE!

 

luis Nunes 27.11.2013

 

dias...

27.11.13, ilhas

Às vezes há momentos

Em que não vale a pena

Soltar certos pensamentos

Sendo minha alma pequena

Mas de grande discernimento

 

Há dias em que a escuridão

Chega demasiado cedo

Embrenhado o coração

Como se dele tivesse medo

Fechando-o à multidão

 

Há dias que nunca o serão,

Por nada em nós surtirem,

E outros a estes se juntarão.

Mas se outros o conseguirem

Nunca os julgues em vão.

 

Não é com muito sorriso

Que vida será muito melhor,

Até pode ser só de improviso,

Mas distribui aquele calor

Que realmente preciso.  

 

Outono

25.11.13, ilhas

Hoje, enquanto almoçava, vi e senti o que abaixo se transcreve:

 

 Outono

 

 Um sol quase primaveril.

 As folhas caem num bailado,

 Que não se dá em Maio ou Abril.

 Há um vento que sopra alado

 As cores se transformam em mil

 Partículas de som não inventado.

 

 Correm as minúsculas folhinhas,

 Em aparato único, tão singular,

 Fazem-me lembrar avezinhas

 Teimosamente no seu voar.

 

 Parecem belas notas musicais

 Escritas pra esta bela estação.

 são cores e sons muito outonais

 Qu`enchendo adornam o coração

 

 Folhinhas bailaricam sem norte

 Deixando, aos olhos, mãe despida

 Herdeiras de uma outra sorte

 Em breve, do pó, serão nova vida

 

 Há flores que quase ressuscitam

 Campos que de verdura ficam

 Resplandecendo d´ alegria sem fim,

 Há amores que sendo mal sonhados,

 Serão assim tão bem abençoados,

 misturando folhagens, dirão seu sim!

 

 2013.11. 25

 Luís Nunes

 

Vem...

15.11.13, ilhas

Vem, senta-te ao pé de mim

A ouvir este mar sem fim

A bater na rocha da ilha

Vem, escuta com o coração

Não deixes avançar a erosão

O teu olhar ainda brilha

 

Vem, senta-te no rochedo

Não, não tenhas medo

Que a seiva desta ilha

Há muito se solidificou

Vem que o mar sussurrou:

O teu olhar ainda brilha

 

Vem, pelas marés e vulcões

Apagar certas erupções

Que nunca chegam ao mar

Vem, que a vida floresce

E este magma já aquece

O brilho do teu olhar!  

 

...

09.11.13, ilhas

Há muita gente que de repente

Lhe sobem manias à cachimónia

Deixam de ter jeito decente

A mim não causam insónia

 

Armam-se em importantes

Sem pensarem que antes

De abrir boca têm de pensar

Que boca aberta entra mosca

E que nem puxando de rosca

Se deve os outros magoar

 

 

Sextilhas da ilha

08.11.13, ilhas

Por vezes sinto no vento

Uma Brisa do pensamento

Que me faz nele vogar

Inalo o cheiro da terra

Deste mar que não cerra

De ninha alma povoar

 

Estes meus versos e rimas

Pobres, mas obras-primas,

Minha humilde inspiração

São retalhos que costuro

Com enlevo aqui apuro

Dentro do meu coração.

 

Não sou poeta afamado

Nem terei nome gravado

Nos anais da nossa história

Sou apenas um aprendiz

A quem deram nome de Luís

Que não ambiciona glória!  

 

 

 

 

Finados

03.11.13, ilhas

Hoje foi dia de fiéis defuntos

Recordou-se gente especial,

Eu cá já tenho muitos juntos

Na mansão eterna celestial

 

Saudades de quem um dia

Desta vida fútil fez passagem

E que de forma fugidia

Já está na outra margem

 

Hoje recordam-se histórias

Limpam-se memórias

Enfeita-se a efemeridade

O pó se transforma

Numa nova forma

De luz e saudade

 

Luis Nunes

02.11.2013