Soca vermelha...
Este ano feriado não há ...
Soca vermelha, soca rajada
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Para poderem sobreviver
Andam todos a inventar
Vende-se o que há pra vender
É forma d`algum angariar
Vende-se tudo ao “desbarato “,
Já não se passa desconsolo,
Eu cá fico sempre com um prato
De papinhas de carolo
Ainda ontem foram sopinhas
Pra ajuda da igreja paroquial
Estavam bem gostosinhas
Com um sabor celestial
Qualquer dia é galinha frita
Do bailinho de carnaval
Costuma ser, acredita,
Uma coisa muito especial
Com a falta de dinheiro,
Que em geral se sente
Anda-se a ver quem primeiro
Vende um bilhete à gente.
Na ilha anoiteceu,
Não há estrelas no céu
Nem luz de qualquer farol,
De calmaria se envolveu
Em seu ventre absorveu
Última réstia de sol.
Quietude das gentes
Almas sãs tão crentes
Qu` agarraram seus momentos
Touros já capearam
Na Salga os lançaram
Ganhando assim alentos
Por uns breves momentos,
Vislumbro tormentos
Gente de mala na mão
Vejo a ilha anoitecer
Vejo seus filhos perder
Rumo: A emigração!
Luís Nunes - 21.10.2013
Terra dos meus sonhos
O berço da ternura
Vindo dos meus avós!
Onde a natureza
Pôs beijos risonhos
Que deslizam
P´las nossas serras
e mares tão sós
minha terra amada
P´los ventos d`Atlântida trazida!...
Música de Lacerda abençoada
valsa sobre o mar erguida...
Barco de linhas finas
Sulcando o mar das nossas almas!
Trazes noticias de nove meninas
que tecem com fios de saudade
toda esta ansiedade
Banhada por águas calmas....
são nove remos
Cortando as profundas águas
São nove livros
Que só nós lemos
d`uma história por contar
tão cheia de mágoas!
que nos trouxe o mar ...
poemas docemente esmerados
Esculpidos a cinzel imortal!...
P´los rochedos abruptos
trabalhados
Esses doridos versos de Quental...
Um sonho paradisíaco
Inacabado!
Oásis plantado algures no Atlântico
De Azuladas flores
Dos nosso corações
És o berço mais amado
Rendilhado com espuma e desilusões!
TORRÃO SAGRADO DOS AÇORES...
Hernâni Candeias
Este poema é de um amigo. De um homem que há muito tempo deveria ter um ou quinhentos livros editados (não tem nenhum) dada a quantidade de poemas que brotam da sua veia inspiradora.