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Ideias e Ideais

... Sou das Ilhas de Bruma onde as gaivotas vêm beijar a terra...

Ideias e Ideais

... Sou das Ilhas de Bruma onde as gaivotas vêm beijar a terra...

Bem-vindo(a)

Hoje tudo o que eu queria
era a tua visita.
Não sei porquê mas fazia-me bem
que me deixasses uma mensagem.
Se não gostares do
meu cantinho diz.
Podes ficar descansado(a)
que não vou ralhar contigo.
Para quem não sabe
e me visita pela primeira vez
este é um espaço de
um Açoriano da ilha Terceira.
Aqui vou falando
da minha terra
e das minhas ideias e ideais
.Obrigado por me visitares

Dia Mundial do Teatro - Mensagem 2010

27.03.10, ilhas

A Sociedade Portuguesa de Autores pediu ao actor e encenador Rui Mendes que escrevesse uma mensagem para o Dia Mundial do Teatro.

 

"Apagam-se as luzes da sala. Acendem-se as luzes da cena. Entram os actores. Começa a escorrer para a plateia um caudal de sons que se transforma em ideias, de palavras vestidas de imagens, de ritmos que ressumam beleza, de corpos humanos que desenham poesia. 'A poesia ensina a filosofia' disse Aristóteles. O mesmo faz o Teatro. São coisas inseparáveis.
Há muitas formas de dar início a um espectáculo de teatro, mas só há uma de o terminar: é com a gostosa recordação do que é efémero, daquilo que durante algum tempo nos preencheu os sentidos e o espírito, e que não volta a acontecer, senão na nossa memória assim enriquecida para o resto das nossas vidas. No verdadeiro teatro este é o sentimento que, no final, une os que o fizeram àqueles que a ele assistiram. É um dos milagres do Teatro.
A palavra TEATRO, deriva do grego 'THÉATRON', 'lugar de onde se vê'. Há os que vêem e os que são vistos. Há os que ouvem e os que são ouvidos. Mas todos são feitos da mesma massa, embora de diferentes cores de pele e de cabelos, de todos os tipos de educação e de formação, com variadíssimas experiências e objectivos na vida.
E se, pelo menos na cena, todo o colectivo teatral tende a ser uma comunidade homogénea sem a qual não pode funcionar, já o mesmo se não pode dizer dos que estão na plateia. A utopia de uma sociedade igualitária, sem chocantes divisões sociais, está longe de vir a ser uma realidade palpável. É um futuro eternamente adiado.
Talvez que a permanência de problemas por resolver seja uma das nossas razões de existir, uma espécie de sal da vida. Mas persistem teimosamente dramas concretos que afligem cada vez mais os seres humanos. E não devia ser assim. O teatro que é e terá de ser sempre poesia, não pode nem deve, talvez por isso mesmo, ficar indiferente.
Num mundo cada vez mais superpovoado, permanecem os conflitos sociais, as lutas tribais, as religiões, os ódios, as guerras pelo poder, as discriminações, as economias selvagens, a fome e toda a espécie de privações forçadas. E que ninguém venha pedir contas ao Teatro e aos que o praticam, de serem culpados de alguma coisa.
Pelo contrário, o Teatro tem sido, por várias formas, uma flecha arremessada aos poderosos, um aríete apontado aos portões da crueldade, dos gananciosos, dos desonestos e dos oportunistas. O Teatro só pode ser praticado com afectividade, com a generosidade de dar e com a coragem de pugnar pelo bem. Caso contrário renega-se, abastarda-se. Por estas razões ele devia estar na primeira linha das preocupações dos governantes, que têm a estrita obrigação de o apoiar com justeza e visão. Mas até talvez seja por estas razões que eles tanto o desprezam, quando não o combatem abertamente.
Jean Paul Sartre disse numa entrevista: 'Uma peça escapa ao seu autor desde que o público está na sala.' E mais adiante: 'Em Teatro as intenções não contam. O que conta é o que sai. O público escreve tanto a peça como o autor'.
Sófocles, Gil Vicente, Shakespeare, Molière, Goldoni, Schiller, Goethe, Ibsen, Strindberg, Tchecov, Shaw, Pirandello, Brecht, Beckett, Osborne, Pinter, entre muitos, muitos outros autores teatrais, preocuparam-se e reflectiram sobre os problemas do seu tempo, que curiosamente são os mesmos de hoje. Não podemos deixá-los a falar sozinhos.
E esta obrigação envolve-nos a todos: dramaturgos, encenadores, artistas plásticos, músicos, actores, produtores e até o próprio público, sobretudo aquele que não vai ao teatro. É preciso fazer chegar o Teatro ao maior número.
Só assim será possível ajudar a mudar o Mundo. Para melhor, claro. 'Para pior já basta assim'."

Rui Mendes

Atlantida no porto Judeu em Directo

24.03.10, ilhas

DIA – 27.03.2010

 

16.00 – ATLÂNTIDA - DIRECTO

         - PORTO JUDEU –

 

Segundo a tradição, foi no porto de Porto Judeu que terão desembarcado os primeiros povoadores da ilha Terceira. A freguesia que chegou a ter o título de “vila“ é uma das mais importantes do concelho de Angra do Heroísmo, com o seu porto e excelente zona balnear que usufrui de privilegiado microclima.

Do mar e da terra, a força da agropecuária, pescas, construção civil e as saudáveis rivalidades entre “castelhanos” e “ciganos”, e os clubes “Barreiro” e “Leões“ do Porto Judeu, nasce uma referenciada actividade cultural de que se destaca a música, o teatro, os bailhinhos de carnaval, as touradas e tudo o que diz respeito à cultura popular da ilha Terceira.

Dos diferentes apontamentos de reportagem destacam-se uma caracterização económica, social e cultural da freguesia, a essência das “rivalidades” existentes ao longo da história e em tempo de Quaresma, o reencontro com o grupo de Romeiros do Livramento – ilha de São Miguel.

Estarão presentes, o Presidente da Junta de Freguesia e da Casa do Povo, representante da Associação Cultural do Porto Judeu, o historiógrafo, Liduino Borba, além de figuras de prestígio reconhecido na comunidade.

A animação musical a cargo da filarmónica da Associação Cultural do Porto Judeu e do “Grupo Coral da Casa do Povo” num programa em que não faltarão o artesanato e a típica gastronomia.

 “Atlântida” esta semana, em directo da freguesia do Porto Judeu, na Ilha Terceira.

Contamos, como sempre, com a sua participação através do telefone (351) 296 202 767 ou por e-mail: atlântida.acores@rtp.pt

 

“Atlântida” é um programa da RTP Açores para a RTP Madeira e RTP Internacional, com produção de Victor Toste, realização de Fernando Reis e apresentação de Sidónio Bettencourt.

 

Teatro no Porto Judeu

12.03.10, ilhas

DIA 13 de Março na Associação Cultural de Porto Judeu

 

 

Sinopse
Nunca a aplicação da justiça social foi tão frágil como agora. Basta ver como poucos tostões podem servir de cortina de fumo a milhões que desaparecem sob a sabedoria mágica de alguns. Essa fragilidade é ainda mais visível quando as pessoas – profissionais da caridade – procuram fazer do subjectivo um objectivo indiscutível.
Se as políticas sociais fossem indiscutíveis não era necessário falar delas como quem fala de um prato de culinária que está sob a ameaça constante de azedar. Porém, a existência de uma boa justiça social passa apenas pela atitude humilde de ouvir quem dela precisa. A justiça social não deve servir para dar cor política a propósitos que, embora confessados, nunca são assumidos. (Ninguém deve esquecer que é sempre fácil dar a alguns aquilo que é de todos).Por isso, Fátima põe roupa a secar porque quem anda destapado de água fria tem medo e Rosa não se queixa porque tem mais inteligência do que um esquentador, tanta quanto lhe basta para entender que antes uma burra parideira do que uma praga em cima de figueira. Apesar das adulterações, enquanto a roupa seca elas falam de tudo o que faz parte do seu quotidiano vulgar (o mesmo que normal). Nada via mudar… para melhor e Lavoisier ressente-se disso.



Ficha Técnica
ENQUANTO A ROUPA SECA: texto e encenação de Álamo Oliveira
Personagens e intérpretes:
Fátima – Carmo Amaral
Rosa – Judite Parreira
Dois intervenientes «of side» – Gonçalo Peres e Maria Peres
Técnica – Markus Trovão
Produção – Eduardo Contente
Fotografia – Rui Melo
Grafismo – Markus Trovão


Apoio: Presidência do Governo Regional dos Açores / Direcção Regional da Cultura
Duração do espectáculo: 80 min
Data de estreia: 27/12/2009

Local: Sede do Alpendre

Comemorações do 33º aniversario do Alpendre grupo de teatro

Aos 33 anos de vida do Alpendre, que melhor sorte haverá do que lembrar o quanto este grupo tem pregado no deserto. E, no entanto, é muito bom saber que ele ainda tem fôlego para continuar a pregar… no deserto. 33 anos é obra!
Álamo de Oliveira