Esta ilha à mais de cinquenta anos , desde que cá chegaram os Americanos, que conhece a tradição denominada de Halloween.
Trata-se de uma tradição de origem Celta em que pela altura do 1º de Novembro celebravam o seu fim de ano. Esta data marcava o fim da "época do sol" e o inicio do Inverno. Eram acessas fogueiras perto das casas com um simbolismo muito claro ; fazer com que o Espirito das Luzes lhes dessem boa sorte nos meses de Inverno que se aproximavam.
Com a Religião Cristã esta tradição foi abolida adaptando-se este dia à celebração do dia de Todos os Santos. É assim que o conhecemos em Portugal , país maioritariamente Católico.
Nos Estados Unidos o Halloween tem um significado muito especial. Sendo celebrado em força por crianças e adultos, aprumamdo-se os ultimos na decoração de suas casas. As crianças fantasiam-se, de bruxas e fantasmas, e visitam os vizinhos à procura de guloseimas. Quando estes lhes abrem a porta utilizam a frase " trick or treating" , esta frase tem sido traduzida por nós portugueses, como " Partidas ou Doces" . Trata-se de uma chantagem que as crianças utilizam como forma dos adultos cederem ou então levam uma "partida"...
Esta tradição está implantada entre nós ganhando cada vez mais adeptos. Já se vêm cada vez mais casas decoradas para a ocasião. Mas é na Base das Lajes que a celebração tem mais força. Hoje vai ser bonito dar uma voltinha pela zona residencial Americana. Ver as crianças a baterem às portas e as decorações , com abóboras iluminadas, réplicas de esqueletos, fantasmas...
Mas a tradição desta ilha é outra, " O Pão por Deus" . as nossas crianças também vão de porta em porta . Hoje, também procuram as guloseimas e até alguns trocados. Mas no passado era muito diferente. Lembro-me da minha meninice. Pedia-se Pão Por Deus e era isso que as pessoas davam... Era uma altura em que havia muita caristia de produtos alimentares e o pão, para muitos, era mesmo por Deus. Lembro-me dos miudos trazerem milho, castanhas, pedaços de Escaldadas etc... Mas eram essencialmemte bens alimentares os que eram doados. Sempre fiquei triste por esta altura, porque não ia com os outros pedir. O meu pai era lavrador e muito embora não tivessemos grandes posses , ele achava que eu não deveria ir porque tinhamos aqueles bens todos em casa. Não era pela necessidade de nada , era só pela brincadeira que gostaria de ter ido. Ficará para os meus filhos . Mas o sabor já será outro...