Mãe
Este poema, muitas vezes adiado,
Outras tantas, por mim, pensado
Será um grito de gratidão
Um reflexo que alma espelha
Que mantem acesa centelha
De mais um dia d`inspiração
Este poema não o irás ler
Nas tuas mãos nunca o irás ter,
E não é por minha vontade,
Tanto que gostaria de te dizer
Nos teus braços me aquecer
E matar esta grande saudade
Ouço músicas daquelas banais
Falam de saudades às minhas iguais
Fazem-me, por completo, entristecer
Ai saudade! Nó na garganta sinto,
Olha, que para ti, eu não minto
Em mim ter-te-ei até morrer
A tua campa está tão gelada,
Ainda de símbolos desnudada,
Lúgubre lugar que me vai receber
É como um relicário sagrado
Pelo bom Deus bem guardado
Onde, contigo, vou adormecer
Hoje não me apetecia nada
Andar com rima pra ai usada
Do género que faz lacrimejar
Mas quer queira, quer não
Soltei amarras a este coração
Só para aqui te homenagear
Foste e sempre serás para mim
Um princípio que não tem fim
És a minha princesa também
És sangue que nas veias corre
És um nome que nunca morre
És, foste, serás sempre MÃE!
luis Nunes 27.11.2013