Um Poema da Rosa Dias
Porto Judeu
”Açores”
“Ilha Terceira”
Fui relembrar as glórias
descobrir outras histórias
para alem da terra, alem mar
na “Ilha Terceira” pousei
e de tudo que encontrei
com agrado irei falar.
Cheguei a “Porto Judeu”
de nome que alguém lhe deu
ao ficar ali esquecido
foi Judeu, mas não ateu
e da graça que “Deus” lhe deu
fez seu porto preferido .
Na “Ilha” que o deslumbrou
pouco a pouco desbravou
a virgindade serrenha
entre o” Mar” e o” Céu azul”
onde o horizonte é o Sul
a terra ficava prenha
Entre o arbusto “ Vassoura”
descobria hora a hora
um floreado sem fim
de variedade infinita
qual delas a mais bonita
tornando a “Ilha” um jardim
Dominou o isolamento,
ainda que a todo o momento
de mãos erguidas aos céus
suspirava junto ao mar
o poder visualizar
a chegada doutros ilhéus
O Infante Dom Henrique ouviu
do mar vinha um assobio
envolvido na maré
tomou logo a dianteira
doando a “Ilha Terceira”
ao “Falandres Jácome”
E em mil quatrocentos e cinquenta
a Ilha de Jesus que era Santa
começa a ser povoada
Manuel Pessanha descobriu
esta mimosa que viu
que ao Falandres foi doada
Mas tudo se harmonizou
o povo se adaptou
a esta Ilha de encanto
o Judeu morreu mais tarde
entre hortênsias de saudade
e as marés chorando em pranto
E hoje, em “Porto Judeu”
a magia aconteceu
lembrando um tempo passado
um poeta “Azoriano”
disse a história sem engano
dum Judeu abandonado.
24-10-2007- Rosa Guerreiro Dias