Este ano faz cinco anos que concorri e ganhei o concurso para a marcha oficial das sanjoaninas de Angra do Heroismo. Nunca mais concorri e este ano entusiasmei-me. Mas voltei a não concorrer porque não consegui atenpadamente que alguem me musicasse o poema. Fica para a próxima. aqui fica o poema como recordação e pode ser que alguem o queira aproveitar para uma marcha de freguesia ou de bairro. Ofereço-a... Só peço o favor de me informarem se o pretendem fazer.
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Angra, (...)
Hoje, enquanto almoçava, vi e senti o que abaixo se transcreve:
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 Outono
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 Um sol quase primaveril.
 As folhas caem num bailado,
 Que não se dá em Maio ou Abril.
 Há um vento que sopra alado
 As cores se transformam em mil
 PartÃculas de som não inventado.
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 Correm as minúsculas folhinhas,
 Em aparato único, tão singular,
 Fazem-me lembrar avezinhas
 Teimosamente no seu voar.
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 Parecem belas notas musicais
 Escritas pra esta bela estação.
 (...)
Há muita gente que de repente
Lhe sobem manias à cachimónia
Deixam de ter jeito decente
A mim não causam insónia
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Armam-se em importantes
Sem pensarem que antes
De abrir boca têm de pensar
Que boca aberta entra mosca
E que nem puxando de rosca
Se deve os outros magoar
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Por vezes sinto no vento
Uma Brisa do pensamento
Que me faz nele vogar
Inalo o cheiro da terra
Deste mar que não cerra
De ninha alma povoar
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Estes meus versos e rimas
Pobres, mas obras-primas,
Minha humilde inspiração
São retalhos que costuro
Com enlevo aqui apuro
Dentro do meu coração.
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Não sou poeta afamado
Nem terei nome gravado
Nos anais da nossa história
Sou apenas um aprendiz
A quem deram nome de LuÃs
Que não ambiciona glória! Â
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